Olá, pessoal! Quem me acompanha sabe que gosto de trazer reflexões sobre saúde de uma forma leve e acessível, mas sem perder de vista a profundidade do tema. Hoje, quero abordar um assunto que merece atenção: obesidade e metabolismo. É impossível ignorar o impacto desse tema em nossa sociedade, principalmente quando olhamos os números alarmantes no Brasil. Mas será que as soluções que temos buscado realmente ajudam? Vamos conversar sobre isso e entender como a nutrição integrativa pode ser uma aliada nesse cenário.
O Crescimento da Obesidade no Brasil
Sabiam que, nos últimos anos, a obesidade no Brasil cresceu 72%? De 11,8% em 2006, ela chegou a 20,3% em 2019, e os números continuam subindo. Esse crescimento nos faz refletir: se temos mais dietas milagrosas, medicamentos e estratégias de emagrecimento do que nunca, por que os índices continuam aumentando?
A verdade é que essas soluções rápidas não atacam o problema de forma profunda. A obesidade não é apenas uma questão de peso; é um reflexo de fatores como alimentação, estilo de vida, questões emocionais e até mesmo o ambiente em que vivemos. Mais do que “perder peso”, precisamos entender o que está por trás desse ganho. E aí entra a proposta da nutrição integrativa: olhar para a saúde como um todo, acolhendo as complexidades de cada indivíduo.
Quantas vezes já ouvimos ou vivenciamos o famoso “efeito sanfona“? Aqueles ciclos de engordar e emagrecer que, no início, parecem ser inofensivos, mas que, com o tempo, prejudicam nosso metabolismo.
O efeito sanfona não é apenas frustrante emocionalmente, mas também desgastante para o corpo. Cada vez que passamos por esses ciclos, nosso metabolismo sofre alterações. Ele fica “confuso”, tentando se ajustar às constantes mudanças. E isso pode levar a uma predisposição maior a doenças metabólicas, inflamações crônicas e, ironicamente, à dificuldade de perder peso no longo prazo.
A solução? Deixar de buscar atalhos. O emagrecimento sustentável, construído aos poucos e com escolhas consistentes, é muito mais eficaz do que qualquer dieta milagrosa. A nutrição integrativa entra nesse contexto para ajudar a criar uma relação mais gentil com a alimentação, priorizando a saúde em vez de resultados rápidos.
Outro ponto que precisamos acolher: o metabolismo muda ao longo da vida. O corpo de uma criança não é o mesmo de um adolescente, que por sua vez é diferente do corpo de um adulto ou idoso. Se você é mulher, ainda há fatores como o ciclo menstrual, gestação, amamentação e menopausa, que impactam diretamente o funcionamento metabólico.
O problema é que vivemos em uma cultura que idolatra o corpo jovem, muitas vezes ignorando as mudanças naturais da idade. Mas precisamos lembrar: essas transformações não são vilãs, são parte da vida! O segredo está em entender essas fases e adaptar nossos hábitos para acompanhar o ritmo do nosso metabolismo.
Se estamos em um momento de metabolismo mais lento, que tal priorizar alimentos que favorecem a digestão e a energia, como proteínas magras, vegetais frescos e gorduras boas? A nutrição integrativa nos ajuda a ajustar a alimentação às necessidades do corpo, sem culpa ou frustração.

Chegamos àquele ponto do ano em que as mesas estão cheias de delícias. É final de ano, festas, confraternizações… E como lidar com isso sem entrar em uma espiral de culpa ou exageros?
Primeiro, vamos normalizar que é possível comer e aproveitar, mesmo nos momentos de indulgência. O segredo está no equilíbrio. Priorize proteínas e vegetais em suas refeições principais, e, na hora do doce ou daquela sobremesa especial, coma sem culpa. O ponto não é restringir, mas sim criar uma relação consciente com a comida.
Outro ponto importante: hidrate-se bem e continue se movimentando. Pequenos hábitos, como beber água regularmente e manter alguma atividade física, ajudam a manter o metabolismo ativo e a saúde em dia, mesmo nos períodos de celebração.
Refletindo Sobre Obesidade e Saúde Sem Preconceitos
Um tema que sempre levanto é a importância de separar atenção à saúde de preconceitos, como a gordofobia. A obesidade, sim, está relacionada a diversos fatores de risco, mas isso não deve ser uma justificativa para julgamentos ou estigmatizações.
Cada corpo é único, e a jornada de cada pessoa é individual. Enquanto profissionais de saúde, precisamos acolher, ouvir e respeitar. A nutrição integrativa nos ensina a olhar para além do peso, considerando o contexto de vida, as emoções e os hábitos de cada um.
A obesidade pode ser um fator de risco, mas também é um reflexo de uma sociedade que não ensina como cuidar da saúde de forma sustentável. Que tal mudar essa narrativa?
Responsabilidade e Escolhas Conscientes
Se há uma palavra que eu gostaria de substituir no vocabulário de todos nós, seria “culpa”. A culpa nos paralisa, nos faz sentir incapazes de mudar. Em vez disso, que tal trocar por “responsabilidade”?
A responsabilidade é libertadora. Ela nos dá o poder de fazer escolhas conscientes, sem extremos ou autocobrança excessiva. É sobre olhar para o nosso metabolismo e pensar: o que ele precisa hoje? É sobre entender o impacto das nossas decisões, sem perder o prazer e a conexão com a comida.
A nutrição integrativa propõe exatamente isso: um caminho gentil e acolhedor, que respeita as individualidades, promove saúde e nos ajuda a construir hábitos que fazem sentido para a nossa vida.

Um Convite à Reflexão
Cuidar do corpo não é sobre seguir regras rígidas ou buscar perfeição. É sobre acolher o momento, as mudanças e fazer escolhas que promovam bem-estar de forma sustentável. A nutrição integrativa está aqui para nos ajudar nessa jornada, oferecendo um olhar mais humano e completo para a saúde.
Vamos juntos? Se esse texto te fez refletir, compartilhe comigo nos comentários ou nas redes sociais. E lembre-se: sua saúde não é só sobre peso, é sobre equilíbrio, respeito e amor-próprio. 💚
Outras referências sobre o assunto tratado neste artigo: